sábado, 11 de dezembro de 2010

FOTOS DE PORTO COVO

E ali estava ele tão desenvolto, junto à "Tia Branca" , uma puro sangue Lusitano,  no Bebedouro do Gado, habituado já a conviver com as vacas e as ovelhas da Herdade!

Mas tu, ainda sem nome, eras o "Pequenote", o filho da "Estrela". Esta uma bela égua de Alter.  E tu herdaras-lhe  o  porte! A um mesmo tempo Altivo e Meigo! Mas tão traquina que eras então! Mordiscavas-nos as orelhas só por desafio! Uma "Criança"

Fica aqui o teu registo, meu doce potro!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O MAR QUE BATE AO DE LEVE NESTE BARCO JÁ ESTÁ GASTO

O Mar que bate ao de leve neste barco já está gasto, meu amor.
Já to tinha dito, mas nunca tomaste conta, pensavas que era eu a sonhar gaivotas, e mirar sereias.
O mar, que de  aquí se avista meu amor, já perdeu a cor, o brilho das marés resplandecentes, já se foi!
Pensavas que era delírio meu, ou sonho, situação febril ou aquela mania de amar demais, tanto gente como bichos, enfim o mundo inteiro...
Adeus, meu amor! Vou sonhar para onde o espaço seja infinito e o amor imperioso e obrigatório!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"TO HELENA" DO POETA RUY BELO

“TO HELENA

Acabo de inventar um novo advérbio:  Helenamente
a maneira mais triste de se estar contente
a de estar mais sozinho em meio de mais gente
de mais tarde saber alguma coisa antecipadamente
Emotiva atitude de quem age friamente
inalterável forma de se ser sempre diferente
maneira mais complexa de viver mais
                Simplesmente
de ser-se o mesmo sempre e ser surpreendente
de estar num sítio tanto mais se mais ausente
e mais ausente estar se mais presente
de mais perto se estar se mais distante
de sentir mais o frio em tempo quente
O modo mais saudável de se estar doente
de se ser verdadeiro e revelar-se que se mente
de mentir muito verdadeiramente
de dizer a verdade falsamente
de se mostrar profundo superficialmente
de ser-se o mais real sendo aparente
de menos agredir agressivamente
de ser-se singular se mais corrente
e mais contraditório quanto mais coerente
A vida enviesada para ir-se em frente
a treda actuação de quem actua lealmente
e é tão impassível como comovente
O modo mais precário de se ser mais permanente
de tentar tanto mais quanto menos se tente
de ser pacífico e ao mesmo tempo combatente
de estar mais no passado se mais no presente
de não se ter ninguém e ter em cada homem um
                  Parente
de ser tão insensível como quem mais sente
de melhor se curvar se altivamente
de perder a cabeça mas serenamente
de tudo perdoar e todos justiçar dente por dente
de tanto desistir e de ser tão constante
de articular melhor sendo menos fluente
e fazer maior mal quando se está mais inocente
é sob aspecto frágil revelar-se resistente
é para interessar-se ser indiferente
Quando helena recusa é que consente
se tão pouco perdoa é por ser  indulgente
baixa os olhos se quer ser insolente
Ninguém é tão inconscientemente consciente
tão inconsequentemente consequente
se em tantos dons abunda é por ser indigente
e só convence assim por não ser muito convincente
e melhor fundamenta o mais insubsistente
Acabo de  inventar um novo advérbio:  helenamente
O mar a terra o fumo a pedra simultaneamente

Retirado de  “ O TEMPO DAS SUAVES RAPARIGAS E OUTROS POEMAS DE AMOR” de Ruy Belo (Ed. Assírio &  Alvim)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010



Esta Janela que te põe de mal com o Mundo
Um dia será Aberta
E o teu grito
Rasgará a Noite do Desespero
E eu estarei
Aqui
Embora Longe,
Perto para te dar o meu sorriso
Pleno,
Cheio,
da Amizade de tantos anos
Cúmplices
Desse sofrimento que
Por fim
Será Nada!

sobre o Absurdo
da Ignorância!

Amiga,
Também eu estou à Janela
Aberta ,
Te esperando,
Até Sempre!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SE EU MORRER AMANHÃ, DEIXO UM BEIJO À MADRUGADA

Se eu morrer amanhã,
deixo um beijo
à madrugada

Deixo-te
aquilo que sou
e
as jóias que guardo
no
coração!

sábado, 25 de setembro de 2010

The Future

Do meu
Coração
Soltou-se um
Pássaro
Liberdade!
Voou
Largando as
Algemas.
Espera!
Também
Quero

Subir!...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pedaços de Mim

Hoje, a minha Tristeza, és tu
Sofrido,
Derrubado pela dor.
As tuas lágrimas correm-me
No coração
Tenho vontade
De te
Lamber
As feridas
Até sararem

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sobre Fernando Pessoa e outros poetas ...

Hoje
Fiz
Da tua
A
Minha
Tristeza
Do teu
Fiz
O
Meu
Aperto
Coração
Solitário
Junto
Ao 
Teu
Quem dera
Ser
A
Estrela
Que alumia
O teu
Pensar
E
Enche
De 
Ternura
O
Meu
Teu
Meu
Teu
...

O Piano

Este Piano
Balão Barco
Dos meus
Sentimentos
Feitos notas
Em si
Vazias
Cheias
Das
Algas
Dos meu cabelos
Presos ao mastro
E na Âncora
Libertos
Da dor

Transformo
Em
Amor
O Azul
E o Mel
Que sobrou
De ti!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fim de Tarde

Conta-me uma história
Daquelas que começam por
Era uma vez
E em que o principe e a princeza
São felizes para sempre
Conta-me uma história
Dessas que eu sei que não acontecem
Nunca
Por isso me interessam
Porque se acontecessem
Não havia a necessidade
De serem contadas...
...Antes viviam-se!
Vamos lá,
Brincar ao Faz de Conta
Como se fossemos dois meninos
Tu, com o teu cavalo de pau
Eu, com a minha boneca de olhos grandes
Gargalhar até ao Sol se pôr
Vem de novo comigo
Saborear o chá gelado
E juntos, ver  o sol a desaparecer
Na linha do horizonte

sábado, 31 de julho de 2010

Para a Menina do Lago

Penso
No dia em que te gerei
cheia de gotas
cristalinas
da minha paleta
monocromática.
Como fiz um Lago,
em ti.
Transportei todos os
elementos essênciais,
para a folha, em
Branco!
Preenchi os sentimentos
Vazios
que me enchem o
Coração
Com a doçura do teu
Azul.
E,
a transbordar...
no Fim...
Banhei-me nas águas geradas de ti
e
cúmplice
te disse
Adeus!
Menina,
dos meus sonhos de
Menina

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Azul

Hoje a minha côr do amor será o Azul! E junto-lhe um quadro Azul cheio de Amor! "A menina do Lago"