quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

FOGO DE CURTA DURAÇÃO

E de repente
o meu coração em chamas
pedia socorro!
Água, não para beber
mas para apagar o fogo
ateado pelo teu olhar.
E os meus apelos eram gritos calados
na garganta.

Uma canção ecoava ao fundo da sala
uma lembrança de nós...

Mais uma faca de lâmina afiada cravada no músculo vital.

Mas quando termina esta tortura?...
Porquê esta ausência?
Para onde fora sem sequer deixar uma pequena nota?...

...Chegas, de mansinho, sinto o teu "arfar" na minha nuca, um sopro morno de ti!
Beijas-me o pescoço quente e suado da espera, e dizes sussurrando:
-" Desculpa amor, fui ver o correio e perdi-me na conversa com o vizinho.
Vou fazer café, também queres?"

1 comentário:

  1. O final do texto é inesperado. Gostei imenso do quadro. Muito, mesmo. Boa semana.

    ResponderEliminar